Galiza, hora zero
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Re: Galiza, hora zero
Com estabilidade alcançada após o acordo entre reformdores e o partido de McHitler o Imperador anunciou oficialmente que a Comunidade dos Estados Livres assumiria a soberania sobre as Canárias, as Baleares e as possessões espanholas na costa africana, enviando para lá Batalhões de Libertação e anunciando que estas formariam um novo estado da Commonwealth, o Reino Ultramarino de Aragão.
Entretanto enviou uma missiva à Assembleia Provisória em que alertava para a necessidade urgente da independência total da Galiza.
Entretanto enviou uma missiva à Assembleia Provisória em que alertava para a necessidade urgente da independência total da Galiza.
Commonwealth- Mensagens : 911
Re: Galiza, hora zero
Commonwealth escreveu:Com estabilidade alcançada após o acordo entre reformdores e o partido de McHitler o Imperador anunciou oficialmente que a Comunidade dos Estados Livres assumiria a soberania sobre as Canárias, as Baleares e as possessões espanholas na costa africana, enviando para lá Batalhões de Libertação e anunciando que estas formariam um novo estado da Commonwealth, o Reino Ultramarino de Aragão.
OOC: Que Baleares, que Canárias e que possessões ónde?
Re: Galiza, hora zero
Galiza escreveu:Commonwealth escreveu:Com estabilidade alcançada após o acordo entre reformdores e o partido de McHitler o Imperador anunciou oficialmente que a Comunidade dos Estados Livres assumiria a soberania sobre as Canárias, as Baleares e as possessões espanholas na costa africana, enviando para lá Batalhões de Libertação e anunciando que estas formariam um novo estado da Commonwealth, o Reino Ultramarino de Aragão.
OOC: Que Baleares, que Canárias e que possessões ónde?
Cheguei um bocado tarde... Estou a fazer como fez o Portugal ao anexar Olivença e Vila-não-sei-das-quantas.
Commonwealth- Mensagens : 911
Re: Galiza, hora zero
OOC: já, mas o território chamado Espanha no nosso mapa não tem nenhuma ilha nem possessão nenhuma em ultramar.
Re: Galiza, hora zero
OOC: vou avançar isto de uma vez...
Os debates na Assembléia estiveram muitos dias sem avanços, mas as coisas já começavam a se esclarecer. Em geral, todos estavam satisfeitos com a gestão do Conselho Geral, e o presidente Carballo receveu apoio de todos os partidos pelo feito até agora.
Apenas a AP insistia na formação de um novo governo AP-FS sem os galeguistas, e a UDP apoiava essa opção. Os demais preferiam deixar o Conselho como estava (FS na presidência, FS, AxG e CDG na Xunta, e AP na vicepresidência e na Delegação), argumentando que desse jeito estavam representadas mais forças políticas e o Conselho Geral seria mais plural e representativo, além de mais equilibrado (do outro jeito apenas estariam AP e FS no Conselho Geral e AP teria demassiado poder face aos demais). Portanto, a proposição da AP para a formação dum novo governo é rapidamente rejeitada por 51 votos contra 50.
A questão de "qué fazer agora" foi, contudo, a que centrou os debates, tanto na sala como nos corredores. Dos 101 membros da Assembléia, 50 (AP e UDP) apoiavam claramente reconhecer ao governo de Madrid: apenas precisavam um voto mais, mas se apresentavam a proposta a votação, diretamente, sabiam que haviam obter 51 votos contra e que seria chumbada. Por isso os dirigentes da AP estavam a trabalhar mais nas conversas de corredores do que na própria Assembléia. Alguns deputados socialistas podiam votar a favor, e com eles é que estavam a falar, reservadamente.
No outro bando havia divissão: os galeguistas de AxG e CDG, e o deputado "verdi-vermelho" da IES (15 votos), apoiavam a convocatória de eleições para uma assembléia de carácter constituinte, com a idéia de que essa assembleia, erigida em assembléia soberana da nação galega (e com uma composição mais favorável para eles do que a actual, embora isto não o dissessem) pudesse declarar a independência. Apenas os 5 deputados do MPU opinavam abertamente que havia que declarar a independência já, mas vendo a correlação de forças da Assembléia, um mínimo sentido do realismo aconselháva-lhes apoiar a opção dos outros (apesar que o "romantismo" dos militantes do partido falava em proclamações solenes e berros de rebeldia).
Por tanto, a "luta" havia ser decidida entre os 31 deputados socialistas. Moitos deles não sabiam o que queriam; alguns estavam contra a independência, mas não gostavam do governo de Madrid; outros queriam reconhecer o governo espanhol, mas não o de Madrid, mas o de Sevilla (mas sabiam que esta opção não havia conseguir nenhum apoio, aparte do seu).
Outros (os mais) estavam dispostos a apoiar a eleição duma assembléia constituinte que faziam os seus sócios de governo de AxG e CDG. Esta opção não era apenas apoiada por deputados próximos aos galeguistas e com simpatias independentistas, mas também por deputados mais "espanholistas", que consideravam que a maioria do povo não apoiava a independência e que a assembléia eligida não teria maioria independentista. Aliás, consideravam que a Assembléia Provisória actual não tinha direito a decidir uma coisa tão importante como esta (independência ou união a Madrid), pois estava formada por deputados eleitos para outras coisas, antes da queda do Estado Espanhol. Era necessário que o povo desse a sua opinião através dumas eleições novas. Estes foram os argumentos que deram algúns deputados socialistas aos deputados da AP, quando éstes lhes propusseram que votassem pelo governo de Madrid.
Com isto semelhava que a opção das eleições havia ganhar... mas nem isso era seguro. A divissão de opiniões dentro do grupo socialista, e os centos de reuniões em restaurantes, conversas de corredor e telefonemas que tinha havido arredor dos seus deputados (com os "espanholistas" e os "galeguistas" tentando atrae-los ao seu bando), tinham gerado um clima de suspeita e quase paranóia: o próprio Presidente Carballo, muitos dos seus deputados mais fieis e os seus aliados nacionalistas, suspeitavam que, chegado o momento de votar, um deputado socialista qualquer podia "trair" a disciplina de voto e fazer ganhar a AP e o governo de Madrid. O Presidente Carballo pensava que isto não era um assunto que pudesse ser decidido por apenas um voto e que era necessária uma solução com mais apoio.
Passaram dias de discursos e discussões, mas o tempo dado para que a Assembléia decidisse estava próximo a acabar. Afinal haveria que votar uma resolução.
Os debates na Assembléia estiveram muitos dias sem avanços, mas as coisas já começavam a se esclarecer. Em geral, todos estavam satisfeitos com a gestão do Conselho Geral, e o presidente Carballo receveu apoio de todos os partidos pelo feito até agora.
Apenas a AP insistia na formação de um novo governo AP-FS sem os galeguistas, e a UDP apoiava essa opção. Os demais preferiam deixar o Conselho como estava (FS na presidência, FS, AxG e CDG na Xunta, e AP na vicepresidência e na Delegação), argumentando que desse jeito estavam representadas mais forças políticas e o Conselho Geral seria mais plural e representativo, além de mais equilibrado (do outro jeito apenas estariam AP e FS no Conselho Geral e AP teria demassiado poder face aos demais). Portanto, a proposição da AP para a formação dum novo governo é rapidamente rejeitada por 51 votos contra 50.
A questão de "qué fazer agora" foi, contudo, a que centrou os debates, tanto na sala como nos corredores. Dos 101 membros da Assembléia, 50 (AP e UDP) apoiavam claramente reconhecer ao governo de Madrid: apenas precisavam um voto mais, mas se apresentavam a proposta a votação, diretamente, sabiam que haviam obter 51 votos contra e que seria chumbada. Por isso os dirigentes da AP estavam a trabalhar mais nas conversas de corredores do que na própria Assembléia. Alguns deputados socialistas podiam votar a favor, e com eles é que estavam a falar, reservadamente.
No outro bando havia divissão: os galeguistas de AxG e CDG, e o deputado "verdi-vermelho" da IES (15 votos), apoiavam a convocatória de eleições para uma assembléia de carácter constituinte, com a idéia de que essa assembleia, erigida em assembléia soberana da nação galega (e com uma composição mais favorável para eles do que a actual, embora isto não o dissessem) pudesse declarar a independência. Apenas os 5 deputados do MPU opinavam abertamente que havia que declarar a independência já, mas vendo a correlação de forças da Assembléia, um mínimo sentido do realismo aconselháva-lhes apoiar a opção dos outros (apesar que o "romantismo" dos militantes do partido falava em proclamações solenes e berros de rebeldia).
Por tanto, a "luta" havia ser decidida entre os 31 deputados socialistas. Moitos deles não sabiam o que queriam; alguns estavam contra a independência, mas não gostavam do governo de Madrid; outros queriam reconhecer o governo espanhol, mas não o de Madrid, mas o de Sevilla (mas sabiam que esta opção não havia conseguir nenhum apoio, aparte do seu).
Outros (os mais) estavam dispostos a apoiar a eleição duma assembléia constituinte que faziam os seus sócios de governo de AxG e CDG. Esta opção não era apenas apoiada por deputados próximos aos galeguistas e com simpatias independentistas, mas também por deputados mais "espanholistas", que consideravam que a maioria do povo não apoiava a independência e que a assembléia eligida não teria maioria independentista. Aliás, consideravam que a Assembléia Provisória actual não tinha direito a decidir uma coisa tão importante como esta (independência ou união a Madrid), pois estava formada por deputados eleitos para outras coisas, antes da queda do Estado Espanhol. Era necessário que o povo desse a sua opinião através dumas eleições novas. Estes foram os argumentos que deram algúns deputados socialistas aos deputados da AP, quando éstes lhes propusseram que votassem pelo governo de Madrid.
Com isto semelhava que a opção das eleições havia ganhar... mas nem isso era seguro. A divissão de opiniões dentro do grupo socialista, e os centos de reuniões em restaurantes, conversas de corredor e telefonemas que tinha havido arredor dos seus deputados (com os "espanholistas" e os "galeguistas" tentando atrae-los ao seu bando), tinham gerado um clima de suspeita e quase paranóia: o próprio Presidente Carballo, muitos dos seus deputados mais fieis e os seus aliados nacionalistas, suspeitavam que, chegado o momento de votar, um deputado socialista qualquer podia "trair" a disciplina de voto e fazer ganhar a AP e o governo de Madrid. O Presidente Carballo pensava que isto não era um assunto que pudesse ser decidido por apenas um voto e que era necessária uma solução com mais apoio.
Passaram dias de discursos e discussões, mas o tempo dado para que a Assembléia decidisse estava próximo a acabar. Afinal haveria que votar uma resolução.
Re: Galiza, hora zero
Começava a última sessão da Assembléia Provisória, com os deputados, jornalistas e público muito excitados. Mas nem todos estavam assim: as olheiras dos principais líderes partidários mostravam que eles estiveram a negociar até altas horas da madrugada. Estiveram toda a noite buscando uma possível saída para o “impasse” no que estavam. O presidente da Xunta, Xosé Lois Carballo, apoiava a cabeça na mão tentando resistir o sono. Apenas aguardava a votação para ir dormir.
Tinha sido uma noite muito longa. Apenas 24 horas antes semelhava que por 51 a 50 haviam decidir convocar eleições a uma nova assembléia de caráter constituinte. Mas Carballo, como chefe dos socialistas, não queria que, no último minuto, um dos seus deputados estragasse tudo apoiando a proposta dos adversários, e por isso o grupo parlamentar socialista esteve reunido toda a noite, para assegurar a lealdade de todos. A opção de chamar a eleições já era clara para todos os galeguistas, e finalmente todos os socialistas acabaram por aceitar: apesar de vários deputados socialistas estar contra a independência, afinal foram convencidos apelando às suas convicções democráticas: as eleições dão a possibilidade de que delas saia uma maioria não independentista. Aliás, ainda que quisessem “seguir em Espanha”, não gostavam do governo autoritário de Madrid: era melhor que fossem os cidadãos os que decidissem esse assunto. Por tanto, com isto (exceto por possíveis envelopes com dinheiro na última hora), semelhava assegurada essa maioria de 51 votos pelas que já eram chamadas “eleições constituintes”.
Mas isso não era suficiente. Carballo não queria uma decisão por 51 votos contra 50, pois era uma maioria muito fraca: havia que atrair à AP, pois sempre eram os seus sócios dentro do Conselho Geral e tinham (actualmente) quase a metade dos votos. Por isso enquanto os seus deputados estavam reunidos para convencer aos duvidosos, Carballo falava com o vice-presidente do Conselho Geral, Elías Aldán, e o líder da AP, Alberto Otero, para convencê-los também.
A posição da AP era muito firme: antes de quaisquer eleições havia que “restabelecer a legalidade constitucional” e reconhecer ó governo de Madrid (o que era um jeito de disfarçar o seu espanholismo acérrimo – muitos dos “populares” nunca acreditaram nem na autonomia da Galiza). Carballo e os socialistas nem pensavam em tal coisa, mas tentar convencer aos da AP de não reconhecer Madrid era perder o tempo. Aquele jogo de xadrez chegara a uma situação de empate.
“Nós não nos importamos em convocar umas eleições, mas depois de reconhecer o governo de Madrid, que é o legítimo governo de Espanha ao que devemos lealdade”, ofereceu Otero como “transação”. “Seu falsário filho da puta...”, pensava Carballo, enquanto Otero continuava: “Podemos aprovar uma moção de reconhecimento, junto duma convocatória de eleições: com os votos de AP e FS, terá o 80% da câmara. Que maior consenso do que esse?” Carballo não podia aceitar isso, por vários motivos: primeiro, não aceitava o governo quase ditatorial de Madrid; segundo, tal acordo significaria a sua própria queda, pois os galeguistas retirariam o seu apoio, e a AP teria o controlo. Portanto, era uma armadilha. Carballo estava esgotado e disse-lhe a Otero o que pensava (exceto o de “falsário filho da puta”, obviamente). Semelhava que as negociações acabaram, sem sucesso.
Mas no último momento chegou-lhe a inspiração. Foi no meio da discussão com Otero sobre se o governo de Madrid era legítimo ou não:
OTERO: É o governo legítimo! Está mais do que claro, e por isso não faz sentido seguir adiando o reconhecimento!
CARBALLO: E eu repito-lhe que isso não está assim tão claro. Há outro governo espanhol, o de Sevilla...
OTERO: Mas esses são um grupo não reconhecido...
CARBALLO: Os de Madrid também não foram reconhecidos, apenas por vocês!
OTERO: Por nós e pela maioria do povo!
CARBALLO: A “maioria do povo”? E como é que o senhor sabe isso?
OTERO: Por Deus, não há mais que falar com as pessoas...
CARBALLO: Pois isso não é o que me dizem as pessoas a mim. Eu escuto dizer que os de Madrid são uns fachos que mandam pela força...
OTERO: Olhe as sondagens nos jornais e verá: os cidadãos querem reconhecer o governo de Madrid.
CARBALLO: E se o submetemos a referendo?
OTERO: Referendo?
CARBALLO: Chamemos aos cidadãos a votar se reconhecem ao de Madrid como governo legítimo ou não, ou se preferem as eleições que lhe propomos desde a Xunta. Olhe, Otero: é a solução mais justa e democrática. Se o que você afirma é certo, os cidadãos o apoiarão.
Otero não acabava de gostar, pois para ele a legitimidade do governo madrileno estava fora de discussão... mas era consciente de que os socialistas não gostavam dele, e que o único que os podia fazer mudar de opinião era um mandato claro dos cidadãos expressado nas urnas. Não gostava da opção das eleições que propunham os galeguistas, porque estes queriam converte-las num processo constituinte para criar um novo estado independente... mas o referendo era outra coisa mais “segura”, de apenas “sim” ou “não”. Otero tinha, aliás, a certeza de que o havia ganhar.
Isso era o que finalmente acordaram e o que haviam levar a votação na Assembléia: convocar-se-ia um referendo para que os galegos escolhessem entre reconhecer o governo de Madrid e colocar-se baixo a sua soberania, ou a eleição de uma assembléia nova, que com um mandato renovado dos cidadãos havia decidir o futuro do país.
Carballo ainda teve que se reunir com os seus sócios galeguistas para convencê-los de que o seu acordo com Otero era a melhor solução. Foi no pequeno almoço, quase caindo do sono, antes da reunião da Assembléia. No começo os sócios não estavam contentes, pois eles queriam ir diretamente às eleições, sem o passo prévio do referendo: “Imos fazer um referendo para perguntar ao pessoal se quere votar? Isso é absurdo!”, dizia o líder de AxG, Antón López Bao. Mas afinal Carballo utilizou os mesmos argumentos com os que tinha convencido a Otero: fazer que todos acreditem que vão ganhar o referendo.
Contudo, ainda havia quem não concordava: os galeguistas mais radicais, do MPU (com 5 deputados), que já tinham renunciado a proclamar a independência imediatamente, não estavam dispostos a aceitar esta nova cessão. Os mais espanholista (a deputada da UDP e vários da AP) também não estavam contentes com ter submetido a “espanholidade” a referendo, quando para eles era uma coisa inegociável. Mas apesar disso, era melhor chegar a um acordo com perto de 90 votos favoráveis do que aprovar uma moção por apenas 51 a 50 votos.
Agora, enquanto Carballo lembrava o acontecido nas últimas 24 longas horas, chegava o momento da votação. Depois dos discursos (Carballo tinha “delegado” no porta-voz do grupo socialista para defender a proposta, pois ele já nem tinha forças – levava mais de 24 horas sem apenas dormir), falou a presidenta da Assembléia:
Por fim as coisas começavam a se mover. Haveria um referendo que decidiria o futuro da Galiza.
Tinha sido uma noite muito longa. Apenas 24 horas antes semelhava que por 51 a 50 haviam decidir convocar eleições a uma nova assembléia de caráter constituinte. Mas Carballo, como chefe dos socialistas, não queria que, no último minuto, um dos seus deputados estragasse tudo apoiando a proposta dos adversários, e por isso o grupo parlamentar socialista esteve reunido toda a noite, para assegurar a lealdade de todos. A opção de chamar a eleições já era clara para todos os galeguistas, e finalmente todos os socialistas acabaram por aceitar: apesar de vários deputados socialistas estar contra a independência, afinal foram convencidos apelando às suas convicções democráticas: as eleições dão a possibilidade de que delas saia uma maioria não independentista. Aliás, ainda que quisessem “seguir em Espanha”, não gostavam do governo autoritário de Madrid: era melhor que fossem os cidadãos os que decidissem esse assunto. Por tanto, com isto (exceto por possíveis envelopes com dinheiro na última hora), semelhava assegurada essa maioria de 51 votos pelas que já eram chamadas “eleições constituintes”.
Mas isso não era suficiente. Carballo não queria uma decisão por 51 votos contra 50, pois era uma maioria muito fraca: havia que atrair à AP, pois sempre eram os seus sócios dentro do Conselho Geral e tinham (actualmente) quase a metade dos votos. Por isso enquanto os seus deputados estavam reunidos para convencer aos duvidosos, Carballo falava com o vice-presidente do Conselho Geral, Elías Aldán, e o líder da AP, Alberto Otero, para convencê-los também.
A posição da AP era muito firme: antes de quaisquer eleições havia que “restabelecer a legalidade constitucional” e reconhecer ó governo de Madrid (o que era um jeito de disfarçar o seu espanholismo acérrimo – muitos dos “populares” nunca acreditaram nem na autonomia da Galiza). Carballo e os socialistas nem pensavam em tal coisa, mas tentar convencer aos da AP de não reconhecer Madrid era perder o tempo. Aquele jogo de xadrez chegara a uma situação de empate.
“Nós não nos importamos em convocar umas eleições, mas depois de reconhecer o governo de Madrid, que é o legítimo governo de Espanha ao que devemos lealdade”, ofereceu Otero como “transação”. “Seu falsário filho da puta...”, pensava Carballo, enquanto Otero continuava: “Podemos aprovar uma moção de reconhecimento, junto duma convocatória de eleições: com os votos de AP e FS, terá o 80% da câmara. Que maior consenso do que esse?” Carballo não podia aceitar isso, por vários motivos: primeiro, não aceitava o governo quase ditatorial de Madrid; segundo, tal acordo significaria a sua própria queda, pois os galeguistas retirariam o seu apoio, e a AP teria o controlo. Portanto, era uma armadilha. Carballo estava esgotado e disse-lhe a Otero o que pensava (exceto o de “falsário filho da puta”, obviamente). Semelhava que as negociações acabaram, sem sucesso.
Mas no último momento chegou-lhe a inspiração. Foi no meio da discussão com Otero sobre se o governo de Madrid era legítimo ou não:
OTERO: É o governo legítimo! Está mais do que claro, e por isso não faz sentido seguir adiando o reconhecimento!
CARBALLO: E eu repito-lhe que isso não está assim tão claro. Há outro governo espanhol, o de Sevilla...
OTERO: Mas esses são um grupo não reconhecido...
CARBALLO: Os de Madrid também não foram reconhecidos, apenas por vocês!
OTERO: Por nós e pela maioria do povo!
CARBALLO: A “maioria do povo”? E como é que o senhor sabe isso?
OTERO: Por Deus, não há mais que falar com as pessoas...
CARBALLO: Pois isso não é o que me dizem as pessoas a mim. Eu escuto dizer que os de Madrid são uns fachos que mandam pela força...
OTERO: Olhe as sondagens nos jornais e verá: os cidadãos querem reconhecer o governo de Madrid.
CARBALLO: E se o submetemos a referendo?
OTERO: Referendo?
CARBALLO: Chamemos aos cidadãos a votar se reconhecem ao de Madrid como governo legítimo ou não, ou se preferem as eleições que lhe propomos desde a Xunta. Olhe, Otero: é a solução mais justa e democrática. Se o que você afirma é certo, os cidadãos o apoiarão.
Otero não acabava de gostar, pois para ele a legitimidade do governo madrileno estava fora de discussão... mas era consciente de que os socialistas não gostavam dele, e que o único que os podia fazer mudar de opinião era um mandato claro dos cidadãos expressado nas urnas. Não gostava da opção das eleições que propunham os galeguistas, porque estes queriam converte-las num processo constituinte para criar um novo estado independente... mas o referendo era outra coisa mais “segura”, de apenas “sim” ou “não”. Otero tinha, aliás, a certeza de que o havia ganhar.
Isso era o que finalmente acordaram e o que haviam levar a votação na Assembléia: convocar-se-ia um referendo para que os galegos escolhessem entre reconhecer o governo de Madrid e colocar-se baixo a sua soberania, ou a eleição de uma assembléia nova, que com um mandato renovado dos cidadãos havia decidir o futuro do país.
Carballo ainda teve que se reunir com os seus sócios galeguistas para convencê-los de que o seu acordo com Otero era a melhor solução. Foi no pequeno almoço, quase caindo do sono, antes da reunião da Assembléia. No começo os sócios não estavam contentes, pois eles queriam ir diretamente às eleições, sem o passo prévio do referendo: “Imos fazer um referendo para perguntar ao pessoal se quere votar? Isso é absurdo!”, dizia o líder de AxG, Antón López Bao. Mas afinal Carballo utilizou os mesmos argumentos com os que tinha convencido a Otero: fazer que todos acreditem que vão ganhar o referendo.
Contudo, ainda havia quem não concordava: os galeguistas mais radicais, do MPU (com 5 deputados), que já tinham renunciado a proclamar a independência imediatamente, não estavam dispostos a aceitar esta nova cessão. Os mais espanholista (a deputada da UDP e vários da AP) também não estavam contentes com ter submetido a “espanholidade” a referendo, quando para eles era uma coisa inegociável. Mas apesar disso, era melhor chegar a um acordo com perto de 90 votos favoráveis do que aprovar uma moção por apenas 51 a 50 votos.
Agora, enquanto Carballo lembrava o acontecido nas últimas 24 longas horas, chegava o momento da votação. Depois dos discursos (Carballo tinha “delegado” no porta-voz do grupo socialista para defender a proposta, pois ele já nem tinha forças – levava mais de 24 horas sem apenas dormir), falou a presidenta da Assembléia:
Em menos de um minuto já havia resultado:Submete-se a votação a proposta nº 29 apresentada pelo Conselho Geral: realização de uma consulta eleitoral à população para decidir entre o reconhecimento do chamado “Governo do Estado Espanhol Restaurado”, ou a eleição de uma assembléia renovada que decida o futuro constitucional da Galiza. Começa a votação.
Tinha havido menos votos favoráveis dos que se aguardavam (a abstenção de um deputado de AxG e tantos votos não favoráveis da AP – até 9 – foram uma surpresa), mas finalmente a proposição tinha sido aprovada, com quase o 85% de apoio (85 votos de 101).A FAVOR: 85 votos (40 da AP, 31 da FSG, 7 de AxG, 6 do CDG e 1 de IES)
CONTRA: 7 votos (4 do MPU e 3 da AP)
ABSTENÇÕES: 9 votos (1 de UDP, 1 de AxG, 1 do MPU e 6 da AP)
Por fim as coisas começavam a se mover. Haveria um referendo que decidiria o futuro da Galiza.
Re: Galiza, hora zero
A campanha do referendo estava a decorrer com maior actividade da aguardada. Os partidos políticos multiplicavam os seus actos e comícios por uma opção ou a outra, embora os membros do Conselho Geral (especialmente o Presidente Carballo, partidário da assembléia, e o Vicepresidente Aldán, partidário de Madrid) chegaram a um "acordo de cavalheiros" para não participarem na campanha. Porém, eram os seus partidos os que levavam a voz.
As primeiras sondagens, anteriores à campanha, davam a maioria à "opção A" (reconhecer o governo de Madrid e unir-se à "Espanha Restaurada"). A direita espanholista tinha certeza de que tinham a vitória no bolso e por isso tinha aceitado o referendo, apesar que seus aliados de Madrid abominavam do referendo, pois aceitar faze-lo significava reconhecer, implicitamente, ao povo galego como "sujeito de soberania", e esta votação significava na práctica um exercício do direito de autodeterminação (tão caro aos seus inimigos separatistas e que eles sempre tinham negado). Mas a certeza da AP e os seus mídia próximos na vitória "unionista" era tão grande que consideravam o referendo como um pequeno trâmite, desagradável, mas que seria rapidamente esquecido.
No outro lado, todos os galeguistas (por nacionalismo independentista) e a esquerda (por convição democrática) apoiavam a "opção B" (assembléia soberana), mas no princípio semelhava que o povo não compartilhava as suas razões. Os analistas explicavam a vantagem unionista considerando que o nacionalismo galego nunca tinha sido maioritário, e que os galegos eram em geral conservadores e leais a Espanha. Aliás, depois da grave crise política, com o colapso do Estado Espanhol na "Crise de Maio", e toda a incerteza, os temores e a anarquia que seguiram, os cidadãos apenas queriam restabelecer a estabilidade e a tranquilidade, "regressar à normalidade".
Mas as coisas não eram assim tão simples. Essa imagem dos galegos podia ser aplicada aos idosos, mas os jovens eram diferentes. Embora muitos deles não fossem nacionalistas galegos, a sua "lealdade a Espanha" era mais fraca e "relativa". Tinham vivido sempre num estado democrático e numa Galiza com autogoverno, enquanto os seus pais tinham sido educados no regime da ditadura franquista, um régime ultranacionalista espanhol, que sempre negara qualquer identidade própria e autogoverno à Galiza, e que tinha gravado na maior parte deles, desde a escola, uma identificação quase religiosa com Espanha como "única nação possível". E ainda que os jovens não tivessem vivido o franquismo, tinha perdurado na sociedade a associação "espanholismo extremo = ditadura". Apesar de que alguns movimentos políticos (AP e especialmente a UDP) tinham tentado construir um "espanholismo da democracia", as suas mensagens eram muito minoritárias.
Mas havia outro facto mais determinante para fazer que os jovens não nacionalistas votassem na "opção B" (assembléia constituinte), e estava diretamente relacionado com a Crise de Maio: sentiam-se "atraiçoados por Espanha". Durante anos, durante toda a vida, escutaram que se deviam preparar e estudar para terem bons trabalhos, que Espanha era um país democrático, próspero e bom para viver, e que eles eram o futuro... e afinal converteram-se na "geração à rasca": depois de se preparar para esse futuro prometido, apenas toparam desemprego, bancos a levar o dinheiro do Estado enquanto o governo eliminava serviços sociais, corrupção política, incompetência econômica... e foi por isso pelo que começou a Crise de Maio: os movimentos 15-M, "Democracia Real Já!", as assembléias populares, a #SpanishRevolution... [VER O COMEÇO DESTE RP] A resposta do governo espanhol da altura foi repressão policial, mais retalhadas de serviços e mais mentiras, e afinal aconteceu o que aconteceu.
No tempo do Conselho Geral, na Galiza, as coisas foram-se acalmando, e o Conselho Geral tinha adoptado outras medidas, que tinham acabado por melhorar (e muito) a situação econômica e social destes jovens. E quê fazer agora? Eles desconfiavam dos políticos, e desde o começo tinham dado as costas às instituições tradicionais, criando assembléias e criando propostas: novos sistemas eleitorais mais justos, novas formas de democracia mais direta, novas formas de controle do poder, novas medidas de política económica social...
E este referendo era a oportunidade que sempre sonharam: se se fazia uma assembléia constituinte, poderiam tratar de levar à práctica essas propostas todas, para melhorar a democracia e a condição do povo. A independência da Galiza não lhes preocupava muito: eles queriam é a assembléia. Qual era a outra opção? O governo de Madrid estava dirigido e controlado pelos mesmos políticos que lhes tinham desiludido antes, e apenas ofereciam a volta ao "statu quo" anterior, a Constituição do 78 que a maioria considerava morta e antiquada. E estes novos movimentos populares não queriam isso: queriam uma assembléia na que o povo decidisse uma nova ordem.
Apesar da propaganda espanholista, que tentava meter medo falando de que a Galiza soberana seria un regime ultranacionalista, sem liberdades e na miséria, e pintando estes novos movimentos cidadãos como perigosos grupos subversivos revolucionários comunistas, que querem queimar as igrejas e abolir a propriedade... estes jovens já não acreditam nos políticos e os mídia tradicionais. Têm idéias próprias e sabem organizar-se sozinhos através da internet. Por isso as intenções de voto no referendo estavam a mudar rapidamente e as últimas sondagens já falavam da vitória da "opção B", e esta nova geração havia ter a chave.
As primeiras sondagens, anteriores à campanha, davam a maioria à "opção A" (reconhecer o governo de Madrid e unir-se à "Espanha Restaurada"). A direita espanholista tinha certeza de que tinham a vitória no bolso e por isso tinha aceitado o referendo, apesar que seus aliados de Madrid abominavam do referendo, pois aceitar faze-lo significava reconhecer, implicitamente, ao povo galego como "sujeito de soberania", e esta votação significava na práctica um exercício do direito de autodeterminação (tão caro aos seus inimigos separatistas e que eles sempre tinham negado). Mas a certeza da AP e os seus mídia próximos na vitória "unionista" era tão grande que consideravam o referendo como um pequeno trâmite, desagradável, mas que seria rapidamente esquecido.
No outro lado, todos os galeguistas (por nacionalismo independentista) e a esquerda (por convição democrática) apoiavam a "opção B" (assembléia soberana), mas no princípio semelhava que o povo não compartilhava as suas razões. Os analistas explicavam a vantagem unionista considerando que o nacionalismo galego nunca tinha sido maioritário, e que os galegos eram em geral conservadores e leais a Espanha. Aliás, depois da grave crise política, com o colapso do Estado Espanhol na "Crise de Maio", e toda a incerteza, os temores e a anarquia que seguiram, os cidadãos apenas queriam restabelecer a estabilidade e a tranquilidade, "regressar à normalidade".
Mas as coisas não eram assim tão simples. Essa imagem dos galegos podia ser aplicada aos idosos, mas os jovens eram diferentes. Embora muitos deles não fossem nacionalistas galegos, a sua "lealdade a Espanha" era mais fraca e "relativa". Tinham vivido sempre num estado democrático e numa Galiza com autogoverno, enquanto os seus pais tinham sido educados no regime da ditadura franquista, um régime ultranacionalista espanhol, que sempre negara qualquer identidade própria e autogoverno à Galiza, e que tinha gravado na maior parte deles, desde a escola, uma identificação quase religiosa com Espanha como "única nação possível". E ainda que os jovens não tivessem vivido o franquismo, tinha perdurado na sociedade a associação "espanholismo extremo = ditadura". Apesar de que alguns movimentos políticos (AP e especialmente a UDP) tinham tentado construir um "espanholismo da democracia", as suas mensagens eram muito minoritárias.
Mas havia outro facto mais determinante para fazer que os jovens não nacionalistas votassem na "opção B" (assembléia constituinte), e estava diretamente relacionado com a Crise de Maio: sentiam-se "atraiçoados por Espanha". Durante anos, durante toda a vida, escutaram que se deviam preparar e estudar para terem bons trabalhos, que Espanha era um país democrático, próspero e bom para viver, e que eles eram o futuro... e afinal converteram-se na "geração à rasca": depois de se preparar para esse futuro prometido, apenas toparam desemprego, bancos a levar o dinheiro do Estado enquanto o governo eliminava serviços sociais, corrupção política, incompetência econômica... e foi por isso pelo que começou a Crise de Maio: os movimentos 15-M, "Democracia Real Já!", as assembléias populares, a #SpanishRevolution... [VER O COMEÇO DESTE RP] A resposta do governo espanhol da altura foi repressão policial, mais retalhadas de serviços e mais mentiras, e afinal aconteceu o que aconteceu.
No tempo do Conselho Geral, na Galiza, as coisas foram-se acalmando, e o Conselho Geral tinha adoptado outras medidas, que tinham acabado por melhorar (e muito) a situação econômica e social destes jovens. E quê fazer agora? Eles desconfiavam dos políticos, e desde o começo tinham dado as costas às instituições tradicionais, criando assembléias e criando propostas: novos sistemas eleitorais mais justos, novas formas de democracia mais direta, novas formas de controle do poder, novas medidas de política económica social...
E este referendo era a oportunidade que sempre sonharam: se se fazia uma assembléia constituinte, poderiam tratar de levar à práctica essas propostas todas, para melhorar a democracia e a condição do povo. A independência da Galiza não lhes preocupava muito: eles queriam é a assembléia. Qual era a outra opção? O governo de Madrid estava dirigido e controlado pelos mesmos políticos que lhes tinham desiludido antes, e apenas ofereciam a volta ao "statu quo" anterior, a Constituição do 78 que a maioria considerava morta e antiquada. E estes novos movimentos populares não queriam isso: queriam uma assembléia na que o povo decidisse uma nova ordem.
Apesar da propaganda espanholista, que tentava meter medo falando de que a Galiza soberana seria un regime ultranacionalista, sem liberdades e na miséria, e pintando estes novos movimentos cidadãos como perigosos grupos subversivos revolucionários comunistas, que querem queimar as igrejas e abolir a propriedade... estes jovens já não acreditam nos políticos e os mídia tradicionais. Têm idéias próprias e sabem organizar-se sozinhos através da internet. Por isso as intenções de voto no referendo estavam a mudar rapidamente e as últimas sondagens já falavam da vitória da "opção B", e esta nova geração havia ter a chave.
Re: Galiza, hora zero
Enquanto a bandalheira politica prevalecia na galiza, o neo-setembrismo fortalecia-se e afirmava-se em portugal. O clima jacobino das ruas tinha acabado, as forcas do reviralho militarmente estavam defuntas. Os integralistas continuam a apoiar madrid e o espanholismo, ao passo que os neo setembristas apoiam incondicionalmente os nacionalistas democratas galegos. Os democracia real e o seu pendor libertario horrorizam portugal inteiro, cheiralhes a anarquia...
Re: Galiza, hora zero
Tanto os legalistas quanto os democratas mostram publicamente o seu apoio aos nacionalistas galegos. Esperam que um dia a Galiza se possa tornar um estado da Comunidade.
Commonwealth- Mensagens : 911
Re: Galiza, hora zero
Sarvoya deseja que Espanha recupere-se da crise política. Contudo não há opinião formal sobre independência da Galiza ou reintegração à Espanha.
Re: Galiza, hora zero
ooc: peço desculpa por não saber isto, deve te sido falado no período em que estive ausente. O que é que vai acontecer ao território espanhol no mapa? Vai ser controlado por ti ou deixa de existir no rp como se tinha falado no início?
Re: Galiza, hora zero
OOC: tinha pensado utiliza-lo na fase do meu RP que começa agora, porque vai haver movimentações, mas no futuro, a longo prazo, pensava em deixa-lo livre e concentrar-me apenas no território da Galiza.
Re: Galiza, hora zero
Almada escreveu:ooc: peço desculpa por não saber isto, deve te sido falado no período em que estive ausente. O que é que vai acontecer ao território espanhol no mapa? Vai ser controlado por ti ou deixa de existir no rp como se tinha falado no início?
ooc: Podíamos compartilhá-lo como aconteceu com a Alemanha pós-guerra Galiza podes fazer o mapa das nações de Espanha?
Re: Galiza, hora zero
OOC: já há algum mapa postado, nas páginas anteriores deste mesmo RP. Tenho idéia de reactivar aquilo todo o antes possível (mas toda a semana próxima vou a estar quase totalmente ocupado de trabalho )
Re: Galiza, hora zero
Sarvoya escreveu:Almada escreveu:ooc: peço desculpa por não saber isto, deve te sido falado no período em que estive ausente. O que é que vai acontecer ao território espanhol no mapa? Vai ser controlado por ti ou deixa de existir no rp como se tinha falado no início?
ooc: Podíamos compartilhá-lo como aconteceu com a Alemanha pós-guerra Galiza podes fazer o mapa das nações de Espanha?
OOC: A ideia de compartilha-lo seria uma boa. Daria para dividir em pelo ao menos em quatro pedaços e dar alguns territórios para aumentar a área de Galiza e Portugal, caso tivessem interesse.
Altinia- Mensagens : 259
Re: Galiza, hora zero
Se aceitarem a ideia de compartilhar a Espanha, já que agora o Galiza irá jogar apenas com a Galiza, deixando o restante do território espanhol, tive a ideia de possibilitar que países não europeus pudessem ganhar seu direito a terra na Europa, com o "compartilhamento da Espanha", neste caso, países não-Europeus que tivessem ligação cultural com a Europa (Rússia, Altínia e Sarvoya), e não tivessem revanchismo histórico com essa (caso da Commonwealth), pudessem ganhar um pedaço de terra na Europa. Minha proposta então seria a seguinte:
Espanha Compartilhada entre Rússia, Galiza, Portugal, Altínia e Sarvoya (Abra a imagem para visualizar melhor)
Na minha proposta Portugal anexaria o "Reino de Leão", formando um Reino Unido de Portugal, Leão e Angola.
A Galiza anexaria Cantábria e Astúrias, formando a Grã-Galiza, assim preservando um pouquinho de seu passado, até para um crescimento da Galiza posterior.
O Reino de Castella, controlado por Altínia.
O Reino de Aragão, controlado por Sarvoya.
O País Basco, controlado pelos Russos.
Se a ideia agradar, poderíamos fazer um acordo partilhando a Espanha. Acho mais interessante do que deixar o lote do RP vazio, afinal, há tantos lotes vazios, todos os continentes tem ao menos um lote vazio, quando não vários, como na América e Terranova.
Espanha Compartilhada entre Rússia, Galiza, Portugal, Altínia e Sarvoya (Abra a imagem para visualizar melhor)
Na minha proposta Portugal anexaria o "Reino de Leão", formando um Reino Unido de Portugal, Leão e Angola.
A Galiza anexaria Cantábria e Astúrias, formando a Grã-Galiza, assim preservando um pouquinho de seu passado, até para um crescimento da Galiza posterior.
O Reino de Castella, controlado por Altínia.
O Reino de Aragão, controlado por Sarvoya.
O País Basco, controlado pelos Russos.
Se a ideia agradar, poderíamos fazer um acordo partilhando a Espanha. Acho mais interessante do que deixar o lote do RP vazio, afinal, há tantos lotes vazios, todos os continentes tem ao menos um lote vazio, quando não vários, como na América e Terranova.
Altinia- Mensagens : 259
Re: Galiza, hora zero
Minha ideia de partilha espanhola até visa mesclar um pouco a Espanha pré-unificação (no mundo real), com um possível futuro da Espanha (no mundo real), no meu caso, se Galiza gostar da ideia, até tenho planos pro meu RP, que seriam bem interessantes, talvez a criação de uma confederação com sede na Europa, sei la..
Altinia- Mensagens : 259
Re: Galiza, hora zero
Sarvoya escreveu:OOC: Altínia, dá uma olhada na geografia da Espanha na wikipédia
OOC: Bom, é que a Espanha no mundo real tem três costas marítimas né, a nossa só possui uma kkk ai tive que adaptar um pouco, mas buscando preservar o nome das Comunidades Autônomas (só Castella y León que eu dividi em duas e La Rioja que achei desnecessário incluir no mapa), ai organizei elas, tentando preservar a proximidade que possuem no mapa real da Espanha, com exceção da Murcia, País Basco e Andaluzia, que por serem regiões minoritárias, preferi já aglomerar tudo em um só canto.
Agora me paira uma pequena dúvida: A Espanha no RP teve percas territoriais? Porque se houve, Valência, Catalunha, Murcía, Aragão e Extremadura estariam sob domínio Lapálio e Andaluzia sob domínio paulista, se comparar com o mapa real da Espanha. Mas se não houve, o mapa do RP é demasiado distorcido para seguir o mapa original, todavia, tentei adaptar, para que houvessem afinidades entre os territórios a serem partilhados.
No caso, o Reino de Castella reuniria toda a Espanha Castellana.
Leão seria anexado a Portugal, até pela afinidade histórica, antes da formação do Grão-Ducado Portucalense.
A Galiza daria Asturias e Cantábria, caso tivesse a Galiza interesse, mesmo que não haja afinidade de fato entre os galegos e estes territórios, ou seja, neste caso, dependerá da vontade galega. Se não houver interesse, eles serão entregues ao Reino de Castella.
O Reino de Aragão, tentei reunir os territórios historicamente por este dominados: Catalunha, Aragão, Valência - note inclusive a semelhança na bandeira destas comunidades autônomas.
Por fim, no país Basco, eu joguei os Bascos, além de Navarra, Andaluzia e Murcía, ou seja, as minorias da Espanha, ou seja, um canto para mouros e bascos apenas. Todavia, por uma questão de harmonia no mapa, passei Andaluzia para o Reino de Aragão.
Caso os Russos não queiram terras em Espanha, pensei em ceder o país Basco para Lapália, junto com Murcia, e o Reino de Castella incorporar Navarra.
Bom, vamos trabalhar em cima disto.
Altinia- Mensagens : 259
Re: Galiza, hora zero
OOC: É que o galego já fez um mapa da Espanha quando fizemos RP com facções na época do MPLAS. E vai devagar, deixe isso sair no RP. Tente arranjar uma história mais "gloriosa" para a partilha.
Re: Galiza, hora zero
Sarvoya escreveu:OOC: É que o galego já fez um mapa da Espanha quando fizemos RP com facções na época do MPLAS. E vai devagar, deixe isso sair no RP. Tente arranjar uma história mais "gloriosa" para a partilha.
Perfeito. Poderíamos pensar num cisma de coroas quem sabe, pra justificar a "desunificação espanhola"
ou ainda uma onda de nacionalismos permeando a Espanha, criando atritos entre aragoneses, castelhanos e leoneses, instigando rivalidades históricas, coisas assim...
Altinia- Mensagens : 259
Re: Galiza, hora zero
OOC: No meu RP a Andaluzia é Paulista. Inclusive estou reformulando minha geografia nada que atrapalhe RP anteriores, mas apenas inserindo isso. Andaluzia é Paulista, e inclusive é onde estão os galegos e religiosamente os católicos maronitas, antioquinos, os muçulmanos e judeus sefaradis de São Paulo.
São Paulo- Mensagens : 467
Re: Galiza, hora zero
Altinia escreveu:Sarvoya escreveu:OOC: É que o galego já fez um mapa da Espanha quando fizemos RP com facções na época do MPLAS. E vai devagar, deixe isso sair no RP. Tente arranjar uma história mais "gloriosa" para a partilha.
Perfeito. Poderíamos pensar num cisma de coroas quem sabe, pra justificar a "desunificação espanhola"
ou ainda uma onda de nacionalismos permeando a Espanha, criando atritos entre aragoneses, castelhanos e leoneses, instigando rivalidades históricas, coisas assim...
OOC: Relaxa, atualmente Espanha está sob controle do jogador Galiza. Deixe-o iniciar o RP quando ele puder.
Re: Galiza, hora zero
São Paulo escreveu:OOC: No meu RP a Andaluzia é Paulista. Inclusive estou reformulando minha geografia nada que atrapalhe RP anteriores, mas apenas inserindo isso. Andaluzia é Paulista, e inclusive é onde estão os galegos e religiosamente os católicos maronitas, antioquinos, os muçulmanos e judeus sefaradis de São Paulo.
OOC: Perfeito, como já disse Sarvoya, vamos ver o que Galiza nos prepara. Bem que eu achei que o desenho da porção continental paulista me lembrava Andaluzia, então acho que o que resta da Espanha mesmo, é a Espanha Tradicional e os bascos, agora sem Galiza.
Altinia- Mensagens : 259
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