A situação política na Commonwealth e a necessidade de uma intervenção estrangeira

Um pouco sobre Sam Lincoln e os primórdios do CNFA:

Sam Lincoln foi o líder das Forças Armadas Comunais desde 2000 até à sua prisão e deposição pelo CNFA. Sendo sempre um liberal assumido, nunca recusou a ideia de um dia se instaurar uma república na Commonwealth, no entanto simpatizava com o regime democrático da Constituição de 56 e por isso caiu nas boas graças do Imperador e das Cortes, o que eventualmente o levou ao posto de Comandante das Armas da Commonwealth.
Quando começou a primeira revolta republicana ele decidiu manter-se alinhado com o modelo constitucional monárquico, por considerar o modelo dos Estados Confederados da Oceânia demasiado radical. Por isso considerou a subida de McHitler ao poder necessária, e apesar de não o suportar, decidiu manter-se no cargo, sempre à espera que houvesse uma intervenção por parte de forças internacionais, pois sabia que as Forças Armadas tinham sido subvertidas pelo regime e que, portanto, uma revolta interna nunca seria possível.
Com a intervenção lapália e paulista esperava que a democracia de 56 fosse restaurada, em vez disso teve que aguentar com um modelo autocrático romanista, razão pela qual nunca as Forças Armadas reconheceram oficialmente a suserania do novo governo.
Por isso ele e o Regente D. Pedro reuniram um grupo de grandes militares e fundaram o Conselho Nacional das Forças Armadas, cujo objetivo inicial era restaurar a Constituição de 1956 e coroa D. Pedro como Imperador. Mas para desgraça dos dois o CNFA rapidamente evoluiu para um movimento republicano e por fim anarco-comunista, um movimento que se tornou tão radical a ponto de os dois o não conseguirem parar. Pouco depois foi descoberto que Sam Lincoln estava a tentar convencer o Patriarcado a pedir uma intervenção na Commonwealth e a sua detenção foi ordenada sob uma acusação de conspiração contra a revolução cuja sentença máxima é a pena de morte. O Regente D. Pedro prepara-se para fugir da Commonwealth, mas isso não é do conhecimento da Liga nem do CNFA.


A atual situação política:

Apesar de o negar, a Liga cada vez mais assume as funções de um estado e começa a centralizar as funções das comunas. O movimento anarco-comunista supostamente pacífico está a tornar-se cada vez mais radical e autoritário por pressão dos membros do CNFA que se transformou num autêntico Politburo da Liga. Em breve a Commonwealth será uma réplica perfeita da URSS devido à ganância e sede de poder dos generais do CNFA.
Os protestos são fortemente reprimidos, o comércio internacional é impossível, as pessoas morrem á fome nas ruas e foi instaurada a censura prévia para garantir que "não são feitas publicações que sejam potencialmente danosas à Grande Revolução e ao espírito revolucionário anarco-comunista da Liga". No meio disto tudo os soldados de Lapália presentes na Commonwealth ignoraram a situação e permitiram o reinado de terror deste regime que é tudo menos anarco-comunista.


A vida dos cidadãos:

Devido à abolição da moeda o comércio com outros países é impossível e portanto a Commonwealth está praticamente numa situação de embargo total a todas as nações do mundo, isso está a levar a uma enorme queda da economia com cada vez mais pessoas desempregadas. A agricultura não é o forte da Commonwealth, e como agora é impossível importar comida, as prateleiras dos hipermercados estão vazias e a população está a morrer à fome nas ruas. Nalguns bairros pobres de Sydney e de outras grandes cidades podem-se encontrar pilhas de corpos no meio da rua. Perante toda esta miséria a população saiu em grandes protestos à rua a pedir a reinstauração de um governo, mas deparou-se com algo que nunca esperaria: os líderes da revolução os que prometiam "liberdade, fraternidade, prosperidade e trabalho" ordenaram que se disparasse sobre os protestantes par os obrigar a dispersar. Este é o cenário um pouco por todas as zonas mais desenvolvidas da Commonwealth: corpos empilhados nas ruas, falta de comida, água e eletricidade e protestos diários reprimidos pela força das armas. Estas zonas do país encontram-se praticamente em estado de guerra civil.
Do mesmo não se podem queixar os residentes das pequenas aldeias do interior, que com a formação de comunas viram a sua qualidade de vida aumentar radicalmente, na verdade vive-se melhor agora em algumas aldeias do que se vivia nos bairros ricos de Sydney no tempo da democracia de 56. E é aqui que o CNFA mantém as principais forças policiais, para proteger estes paraísos da fúria das populações famintas das grandes cidades, enquanto que as forças militares são usadas nessas mesmas cidades para impedir os protestos.


O Tribunal Revolucionário e os campos de "re-educação":

O Tribunal Revolucionário é um órgão criado pelo CNFA com o objetivo de julgar todos aqueles acusados de crimes contra a revolução e contra o anarco-comunismo. As suas sentenças variam entre 5 anos de prisão num campo de re-educação e a pena capital. Desde a sua fundação já assinou a morte a mais de 500 pessoas e os números continuam a aumentar a uma média assustadora de 41,2 por dia. É este tribunal que Sam Lincoln vai ter que enfrentar.

ooc: Não vou comentar quanto ao restante, mas se tens a intenção de fazer isso tens de o dizer e esperar pela reacção. Mais um rp descontrolado...

Galiza escreveu:OOC: eu não vejo jeito a que um pais sob ocupação militar estrangeira possa fazer uma revolução como esta de um dia para o outro. Aliás, isso da "passividade das tropas lapálias" é uma coisa que deveria decidir o Lapália: se as forças lapálias quisserem, não podia haver revolução nenhuma, ou não teria podido acontecer assim tão rápida e fácilmente.

OOC: Eu postei a revolução nas notícias, o lapália podia ter dito que as tropas dele tinham reagido e restaurado o governo... como ele não disse nada eu assumi que as tropas dele não fizeram nada.

ooc: Há uma diferença substancial entre não reagir a uma revolução que nada teria a ver com a intervenção lapália, e com o não reagir quando essa mesma revolução vem interferir da forma como supostamente teria vindo.

OOC: Vocês fazem as coisas depressa demais, às tantas já nem sei o que se passa. É por isso que não tenho participado nos vossos RPs.

Lapália escreveu:ooc: Há uma diferença substancial entre não reagir a uma revolução que nada teria a ver com a intervenção lapália, e com o não reagir quando essa mesma revolução vem interferir da forma como supostamente teria vindo.

OOC: Então toma alguma reação diz que as tuas tropas se recusaram a entregar-se, alguma coisa... e eu corrijo aqui, ok?

Lapália escreveu:ooc: Há uma diferença substancial entre não reagir a uma revolução que nada teria a ver com a intervenção lapália, e com o não reagir quando essa mesma revolução vem interferir da forma como supostamente teria vindo.

ooc: Perdão a intromissão. Lembro-me que o Commonwealth perguntou em alguma reunião se Lapália permitiria uma revolução.

OOC: Sarvoya, o problema é esta parte:

A situação da presença lapália:

A passividade das tropas lapálias surpreendeu o regime, mas não diminiu a sua hostilidade perante estes estrangeiros. Tal como aos restantes residentes na Liga foi-lhes atribuído um Cartão de Colaborador e são-lhes aplicadas as mesmas normas que aos cidadãos: estão impedidos de deixar o território da Liga e de comunicar com o exterior. Foram desarmados e integrados nas forças policiais, os que se recusaram foram condenados a 7-9 anos de prisão num campo de re-educação.

ooc: O problema não foi a revolução, se fosse só por isso não interferiria. Mas ele não me informou que essa revolução consistia de prender as minhas tropas...
ic:

ooc: as coisas têm que ser feitas mais devagar para dar tempo a todos. Olhem para Triestin como exemplo (apesar de ele abusar no "devagar"). O meu conselho é recomeçares esta ideia com mais calma, se o Lapália não se importar.

O regime comunista que prometia liberdade e democracia a cada dia mostrava ser exatamente o oposto. As mortes já ultrapassavam em largos milhares o período equivalente durante o regime nazi, mas desta vez ninguém iria salvar a população. Os principais líderes políticos e a alta nobreza foram presos, incluindo Pedro de Hohenzollern e Lencastre. Era necessário formar um governo no exílio, nem que isso fosse usado como uma mera forma de protesto, mas não havia nenhum líder político exilado, nada, nem um filho de primo de um tio de um membro de uma família reinante, nada. Então alguns cidadãos emigrados em Sarvoya, a maior casa de comunais além-fronteiras, começaram a promover um movimento no Diaspora, uma rede social criada por cinco estudantes comunais numa universidade lapália. O movimento intitulado "We are you, you are We" (OOC: Sim, eu sei do erro gramatical, mas prefiro escrever assim para transmitir melhor a ideia de unidade) que começou com 10 membros, cresceu num mês para mais de 1 milhão de membros entre cidadãos emigrados em vários países e simpatizantes de outras nacionalidades, em especial sarvoyenos. Então decidiu-se formar um governo no exílio, como uma forma de mostrar que a democracia ainda era possível na Commonwealth. Após várias deliberações conseguiu-se escrever uma Lei Fundamental de carácter fortemente anti-comunista e anti-fascista, sendo proibida a criação de partidos cujos manifestos se baseiem em ideologias extremistas, e com várias aproximações ao Centrismo Radical, uma vertente da social-democracia. Esta Lei Fundamental rege principalmente a organização do governo e do legislativo e a diplomacia, não existindo referências à organização territorial ou às forças de segurança, sendo que o movimento defende que quando a democracia for restaurada na Commonwealth deve ser escrita uma nova constituição.
Em virtude dos principais líderes políticos estarem a ser julgados no Areeiro ou terem sido detidos pelas forças comunistas, o governo intitula-se de provisório, e por não ter controlo sobre qualquer porção do território comunal diz-se no exílio. Para a presidência do governo foram eleitos não um, mas dois presidentes: um australiano em representação das comunidades da Austrália Oriental (a partir da cidade de Alice Springs), Nova Guiné, Sumatra e Malásia, onde o inglês e o austríaco são a principal língua; e um luso-neozelandês em representação das comunidades da Austrália Ocidental, Nova Zelândia, Brunei e Novo Ceilão, onde o português é a principal língua.
São então os Presidentes do Governo Provisório no Exílio da Commonwealth:

• Pelo lado inglês: Albert Tatcher, um liberal ao estilo neo-setembrista;
  
• Pelo lado português: Nuno Soares, um dos maiores defensores do centrismo radical.

OOC: Por ser um governo constituído por emigrantes este vai ter muito mais simpatia para com os vossos governos do que o que estão habituados por parte dos governos da Commonwealth. Além disso quando não gostarem do que eles fizerem basta revogar-lhes o visto!

Enquanto isso as tropas paulistas não arredam o pé de Constantinopla, acredito que os cidadãos de lá estão muito felizes pela injeção de capital estrangeiro que as tropas estão trazendo com seu soldo, enquanto o resto da Commonwealth é destruida.