As névoas do Realismo...
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As névoas do Realismo...
Com as declarações explosivas de D. Afonso de Bragança, rei deposto, e pretendente dos Integralistas ao trono, os ânimos voltam a aquecer severamente na metrópole... A Beira Alta, baluarte integralista, ultra-católico e ultra-conservador, rebenta um violento motim popular contra o Regime. Mais uma vez, a cidade da Guarda acorda em sobressalto durante a noite com a chegada de integralistas foragidos em Espanha, aquele ninho prenho de refugiados da Guerra de Secessão. Este grupo, começa em pleno Rossio da Sé, a grital "Viva El Rei D. Afonso! Senhor de Portugal!", cedo uma multidão junta-se aos berros "Viva! Viva! Deus nos salve dos Usurpadores!". Há uma resposta imediata da Guarda Municipal, que tenta deter os "perturbadores" retornados, no entanto são abalrruados pelos populares que os espancam severamente. Nessa cena, e alertado de emergência o Provedor Municipal move logo diligências para alertar o Perfeito da Beira Alta, a Guarda Nacional sai à rua... Há confrontos, há disparos, há sangue, e surgem as primeiras barricadas feitas com tudo que se pode agarrar...
Cedo a notícia espalha-se pela zona, diz-se que D. Afonso VII vem um com exército libertador explendoroso, cheio de soldados bem armados para derrubar a "Preta-Branca" e destruir a Constituição... O povo entusiasma-se, e farto dos abusos da Guarda Nacional empola-se e amotina-se...
Ao cair da noite, o Perfeito, o Sub-Perfeito estão detidos nos calabouços, apenas o Provedor Municipal da Guarda e o Presidente da Câmara mais uns vereadores e uns funcionários do governo conseguiram fugir... Do alto do velho castelo, deita-se abaixo a bandeira azul e branca, simbolo do liberalismo, é queimada e praça pública num enorme madeiro cheio de lenha, no seu lugar na haste surge a bandeira branca, a bandeira do Integralismo...
Reacendem-se as chamas do ódio, e os fantasmas da Guerra de Secessão Portuguesa voltam a pairar de novo na Beira Alta...
Cedo a notícia espalha-se pela zona, diz-se que D. Afonso VII vem um com exército libertador explendoroso, cheio de soldados bem armados para derrubar a "Preta-Branca" e destruir a Constituição... O povo entusiasma-se, e farto dos abusos da Guarda Nacional empola-se e amotina-se...
Ao cair da noite, o Perfeito, o Sub-Perfeito estão detidos nos calabouços, apenas o Provedor Municipal da Guarda e o Presidente da Câmara mais uns vereadores e uns funcionários do governo conseguiram fugir... Do alto do velho castelo, deita-se abaixo a bandeira azul e branca, simbolo do liberalismo, é queimada e praça pública num enorme madeiro cheio de lenha, no seu lugar na haste surge a bandeira branca, a bandeira do Integralismo...
Reacendem-se as chamas do ódio, e os fantasmas da Guerra de Secessão Portuguesa voltam a pairar de novo na Beira Alta...
Re: As névoas do Realismo...
Motins populares, em Portugal Continental, já são obra do vulgar. Então na Beira Alta, onde até pode haver bastante capital das explorações agro-pecuárias e industria ligada a mesma, a escolaridade continua mantem-se no vulgar de Lineu, tendo muito e boa gente acabado "ás três pancadas" a Escola Comercial ou Industrial. Depois uma míriade de "caciques" locais, tidos mais como ilustres, ajudam bastante a manter a populaça arreganhada contra o Estado. Os velhos costumes são acérrimos, e nem visam o conservadorismo, entram nas profundezas do tradicionalismo ultra-montano, nem a proximidade com Espanha ou Lapália tem impacto nenhum.
Mais uma vez, o governo, que também usa apenas uma faca de um só gume, responde com a mesma moeda... Toca a enviar a Guarda Nacional. Falhou o primeiro avanço, e da Beira Alta lá saem os para-militares todos esfarrapados e ensanguentados. Entra o Exército em cena... E com blindados desta vez. É a assim que o governo opera, primeiro "faz pelo baratinho", manda para-militares da Guarda Nacional para ver se resulta, se der, ainda bem, grande sucesso, foi feito com poucas custas, se deu mau resultado... Que se dane, voltam para a retaguarda e pelo menos informam detalhadamente quem vem a seguir. O Exército evita-se pegar sempre, pois envolve sempre meios motorizados (tanques, camiões...) Casos de motins populares podiam ser resolvidos mais rápido, não fosse o governo Neo-Setembrista tão mão de vaca.
O cerco forma-se e começa tudo em Coimbra e Viseu...
Mais uma vez, o governo, que também usa apenas uma faca de um só gume, responde com a mesma moeda... Toca a enviar a Guarda Nacional. Falhou o primeiro avanço, e da Beira Alta lá saem os para-militares todos esfarrapados e ensanguentados. Entra o Exército em cena... E com blindados desta vez. É a assim que o governo opera, primeiro "faz pelo baratinho", manda para-militares da Guarda Nacional para ver se resulta, se der, ainda bem, grande sucesso, foi feito com poucas custas, se deu mau resultado... Que se dane, voltam para a retaguarda e pelo menos informam detalhadamente quem vem a seguir. O Exército evita-se pegar sempre, pois envolve sempre meios motorizados (tanques, camiões...) Casos de motins populares podiam ser resolvidos mais rápido, não fosse o governo Neo-Setembrista tão mão de vaca.
O cerco forma-se e começa tudo em Coimbra e Viseu...
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