Micronacionalismo

Alguém aqui conhece/pratica micronacionalismo?

Conheço, mas nunca pratiquei. Tenho lido coisas sobre o micronacionalismo brasileiro, há tempo: Reunião, Porto Claro...

Galiza escreveu:Conheço, mas nunca pratiquei. Tenho lido coisas sobre o micronacionalismo brasileiro, há tempo: Reunião, Porto Claro...

Reunião... deus me livre e salve, é o sítio de formação dos pequenos ditadores corruptos micronacionais...

Eu estou em Pathros onde sou Kúrios (Duque) do arquipélago de Lusíadas. Sem querer parecer que vos estou a tentar puxar a participar, apesar de estar , convido os que quiserem a explorar e, quiçá, pedirem cidadania micronacional pathrana.

Acho que o Bertochi esteve na Reunião, pois quando começou cá empregava muitos emblemas e nomes de instituições reuniãs. E o Brunella se calhar também lá esteve.

Galiza escreveu:Acho que o Bertochi esteve na Reunião, pois quando começou cá empregava muitos emblemas e nomes de instituições reuniãs. E o Brunella se calhar também lá esteve.

Sim, o Bertochi agora está nas Repúblicas Unidas de Portugal e Algavres, mas disseram-me que ele já esteve em Reunião.

Quando eu era pirralho tive meu quintal repartido em países, era divertido. Um deles era Cocolândia (onde meu gato cagava) Mas naquela época não conhecia micronacionalismo ainda. Quartilândia, que era meu quarto, era mais desenvolvido, tinha documentação de casamento, eleições etc. Shibordin (marca de uma meia com motivo de formiga que eu tinha) era uma árvore habitada por formigas selvagens

Sarvoya escreveu:Quando eu era pirralho tive meu quintal repartido em países, era divertido. Um deles era Cocolândia (onde meu gato cagava) Mas naquela época não conhecia micronacionalismo ainda. Quatilândia, que era meu quarto, era mais desenvolvido, tinha documentação de casamento, eleições etc. Shibordin (marca de uma meia com motivo de formiga que eu tinha) era uma árvore habitada por formigas selvagens

Hehe

A ideia é mais ou menos o que disseste Sarvoya, a diferença é que no micronacionalismo "a sério" tu és um cidadão "real" de uma micronação, tens basicamente uma segunda vida.

Curioso que foi através do micro-nacionalismo que descobri este fórum. Tinha ouvido falar dessa "moda" numa revista qualquer, e pela net acabei por vir chegar aqui. No fim de contas, por cá fiquei e acabei por nunca participar num micro-país .

Eu lembro ter "investigado" o assunto do micronacionalismo antes de chegar ao NationStates, e não lembro se cheguei ao NS através dessas "investigações" ou por outro caminho. Até estive pensando em participar no micronacionalismo, mas naquela altura (acho que foi pelo 2004 ou 2005) as micronações que me interessavam estavam inactivas, e o meu português ainda era muito... "primitivo". Também estava um bocado chocado com a grande popularidade do micronacionalismo no Brasil, e a sua quase inexistência na hispanofonia.

A micronação que me resultava mais interessante era Porto Claro, pela sua agitada história: a fugida dos dissidentes para fundar Orange, o golpe de Pedro Aguiar que resultou em dois "Portos Claros" em realidades espaço-temporais paralelas (a "república" e o "estado"), a secessão de Campos Bastos... Interessavan-me os diferentes sistemas de governo e textos legais: se calhar o regime do que mais gostava para viver teria sido o de Campos Bastos, mas com o que mais curtia era com a ditadura psicótica do Estado de Porto Claro.

Conhecem Hutt River e Sealand?

Sarvoya escreveu:Conhecem Hutt River e Sealand?

Mas esses dois não são micronações "virtuais", esses dois são micronações reais, como o Vaticano e o Mónaco. O micronacionalismo de que falo aqui é o micronacionalismo virtual.

Se pegar virtual no sentido de não-real, Sealand e Hutt River são micronações. Não são Estados de facto, e seus "cidadãos" são cidadãos de países reais. Mónaco e Vaticano são Estados.

Se pegar virtual no sentido de "bits" concordo com teu comentário. Hutt River na realidade é uma fazenda, e Sealand é uma base abandonada, eles apenas "brincam" de forma mais séria

Nunca me meti nessas coisas, nem tive interesse.

Galiza escreveu:Acho que o Bertochi esteve na Reunião, pois quando começou cá empregava muitos emblemas e nomes de instituições reuniãs. E o Brunella se calhar também lá esteve.

Sim conheço o micronacionalismo, estou em Reunião desde meus doze anos. Já me diverti muito com isso. Inclusive, conheci o Bertochi em uma modalidade brasileiro do micronacionalismo quando funcionava em comunidades do Orkut, eu era presidente de uma micronação chamada "República do Brasil Governo Virtual" e ele era Líder da Oposição da "República de Estagira", acabei dando apoio a ele para dar um golpe de estado e Estagira virou um território do meu país. Mais ou menos como os Yankees fizeram com o Brasil em 31 de Março de 1964.

Commonwealth escreveu:Sim, o Bertochi agora está nas Repúblicas Unidas de Portugal e Algavres, mas disseram-me que ele já esteve em Reunião.

Em Reunião, o interessante é que você pode/podia montar uma "família micronacional", ou seja, se casar virtualmente, adotar filhos etc. Eu tinha até um título nobiliárquico, patente militar etc. É uma pena que hoje Reunião está moribunda. Estou ajudando a fundar uma micronação chamada República de Novo Horizonte, com amigos que também estudam direito e outros que fazem jornalismo e administração.

Galiza escreveu:Eu lembro ter "investigado" o assunto do micronacionalismo antes de chegar ao NationStates, e não lembro se cheguei ao NS através dessas "investigações" ou por outro caminho. Até estive pensando em participar no micronacionalismo, mas naquela altura (acho que foi pelo 2004 ou 2005) as micronações que me interessavam estavam inactivas, e o meu português ainda era muito... "primitivo". Também estava um bocado chocado com a grande popularidade do micronacionalismo no Brasil, e a sua quase inexistência na hispanofonia.

A micronação que me resultava mais interessante era Porto Claro, pela sua agitada história: a fugida dos dissidentes para fundar Orange, o golpe de Pedro Aguiar que resultou em dois "Portos Claros" em realidades espaço-temporais paralelas (a "república" e o "estado"), a secessão de Campos Bastos... Interessavan-me os diferentes sistemas de governo e textos legais: se calhar o regime do que mais gostava para viver teria sido o de Campos Bastos, mas com o que mais curtia era com a ditadura psicótica do Estado de Porto Claro.

Eu já tive o (des)prazer em conhecer o Pedro Aguiar pessoalmente. É tão louco quanto era sua micronação.

São Paulo escreveu:Eu já tive o (des)prazer em conhecer o Pedro Aguiar pessoalmente. É tão louco quanto era sua micronação.

O Porto Claro "aguiarista" era espetacular, o mais semelhante à Corea do Norte dos Kim que havia no micronacionalismo: monarquia absoluta rodeada de instituições nominalmente democráticas mas onde todo estava afinal nas mãos do rei, mas o rei não era mais do que um fantoche de Pedro Aguiar, que tinha todos os poderes... mas nunca tomou o título de rei (tinha vários títulos e cargos que afinal eram sempre o mesmo: primeiro ministro, "tutor da nação", "presidente de estado"... é dizer, o chefe supremo, e ponto)

Além disso, o regime social era oficialmente comunista e igualitário, mas com monarquia e títulos nobiliários que davam direitos especiais acima dos "plebéus" (a sua constituição tinha várias contradições internas nesse aspecto). A liberdade de consciência e expressão estavam totalmente restringidas e a religião estava proibida, sem mais; mas por outro lado o matrimônio homossexual era permitido (o único ponto liberal que havia)... O regime definia-se como "social-nacionalista", que segundo eles era como o nacional-socialismo "ao contrário", mais focado no aspecto "social" do que no "nacional" (mas igual de tiránico e opressor). Tinha uma declaração de princípios que mesmo metia medo, dizendo que estava baseado "no amor" (entre outras coisas - por vezes semelhava a Oceania de "1984"), que era abertamente antidemocrático e que ao mesmo tempo era aristocrático e igualitário (o "gelado quente"!).

Também lembro algumas coisas que li das suas leis e que me chocaram: "os portoclarenses têm liberdade de pensar o que quisserem, mas não têm direito a expressa-lo se vai contra os princípios do social-nacionalismo", ou "os portoclarenses têm direito a cometerem suicídio", quase animándo-os... e também lembro algúm ponto engraçado de "autoritarismo picuinhas": as horas deviam ser ditas em formato de 24h, e empregar o formato AM/PM estava proibido... e isso estava estabelecido assim na própria constituição!

E isto foi o que soube apenas olhando o seu site desde fóra... mas fiquei marcado (aínda hoje lembro disto todo)

São Paulo escreveu:

Galiza escreveu:Acho que o Bertochi esteve na Reunião, pois quando começou cá empregava muitos emblemas e nomes de instituições reuniãs. E o Brunella se calhar também lá esteve.

Sim conheço o micronacionalismo, estou em Reunião desde meus doze anos. Já me diverti muito com isso. Inclusive, conheci o Bertochi em uma modalidade brasileiro do micronacionalismo quando funcionava em comunidades do Orkut, eu era presidente de uma micronação chamada "República do Brasil Governo Virtual" e ele era Líder da Oposição da "República de Estagira", acabei dando apoio a ele para dar um golpe de estado e Estagira virou um território do meu país. Mais ou menos como os Yankees fizeram com o Brasil em 31 de Março de 1964.

Commonwealth escreveu:Sim, o Bertochi agora está nas Repúblicas Unidas de Portugal e Algavres, mas disseram-me que ele já esteve em Reunião.

Em Reunião, o interessante é que você pode/podia montar uma "família micronacional", ou seja, se casar virtualmente, adotar filhos etc. Eu tinha até um título nobiliárquico, patente militar etc. É uma pena que hoje Reunião está moribunda. Estou ajudando a fundar uma micronação chamada República de Novo Horizonte, com amigos que também estudam direito e outros que fazem jornalismo e administração.

Galiza escreveu:Eu lembro ter "investigado" o assunto do micronacionalismo antes de chegar ao NationStates, e não lembro se cheguei ao NS através dessas "investigações" ou por outro caminho. Até estive pensando em participar no micronacionalismo, mas naquela altura (acho que foi pelo 2004 ou 2005) as micronações que me interessavam estavam inactivas, e o meu português ainda era muito... "primitivo". Também estava um bocado chocado com a grande popularidade do micronacionalismo no Brasil, e a sua quase inexistência na hispanofonia.

A micronação que me resultava mais interessante era Porto Claro, pela sua agitada história: a fugida dos dissidentes para fundar Orange, o golpe de Pedro Aguiar que resultou em dois "Portos Claros" em realidades espaço-temporais paralelas (a "república" e o "estado"), a secessão de Campos Bastos... Interessavan-me os diferentes sistemas de governo e textos legais: se calhar o regime do que mais gostava para viver teria sido o de Campos Bastos, mas com o que mais curtia era com a ditadura psicótica do Estado de Porto Claro.

Eu já tive o (des)prazer em conhecer o Pedro Aguiar pessoalmente. É tão louco quanto era sua micronação.

Novo Horizonte... isso não tinha a ver com a República de Virtuália?

Absolutamente nada a ver.

Nao faço ideia do que é que vocês estão para aqui a falar...

Almada escreveu:Nao faço ideia do que é que vocês estão para aqui a falar...

O micronacionalismo é um "hobbie" semelhante a isto que fazemos cá, mas em lugar de adotar o papel duma nação num mundo virtual e interagir com outras nações fazendo política internacional, o que se faz é adotar o papel de cidadãos numa nação virtual e interagir com outros cidadãos fazendo política nacional: construe-se uma nação imaginária (entre vários ou apenas por um fundador), com a sua história e a sua constituição, o pessoal "inmigra" a ela, criam partidos políticos, fazem eleições, debatem legislação, criam mídia, até há quem faz conspirações e golpes de estado. Eu apenas o conheço desde fóra, mas há coisas muito interessantes.

Galiza escreveu:

Almada escreveu:Nao faço ideia do que é que vocês estão para aqui a falar...

O micronacionalismo é um "hobbie" semelhante a isto que fazemos cá, mas em lugar de adotar o papel duma nação num mundo virtual e interagir com outras nações fazendo política internacional, o que se faz é adotar o papel de cidadãos numa nação virtual e interagir com outros cidadãos fazendo política nacional: construe-se uma nação imaginária (entre vários ou apenas por um fundador), com a sua história e a sua constituição, o pessoal "inmigra" a ela, criam partidos políticos, fazem eleições, debatem legislação, criam mídia, até há quem faz conspirações e golpes de estado. Eu apenas o conheço desde fóra, mas há coisas muito interessantes.

Fui o Primeiro-Ministro da transição em Portugal e Algarves, fundador do PRP - Partido Republicano Português, derrubamos a monarquia, metemos uma República, hoje sou Presidente das Cortes (Parlamento) Ministro do Interior e Justiça e Vice-Presidente do Conselho de Ministros.

Bertochi,

A forma como o dizes só me convence mais e mais que a implantação da república não passou de um golpe de estado...

Commonwealth escreveu:Bertochi,

A forma como o dizes só me convence mais e mais que a implantação da república não passou de um golpe de estado...

Golpe de Estado via referendo kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk Só pq eu durante a campanha mandava trocentas mensagens por dia detonando a monarquia foi Golpe de Estado

Nova Salvador escreveu:

Commonwealth escreveu:Bertochi,

A forma como o dizes só me convence mais e mais que a implantação da república não passou de um golpe de estado...

Golpe de Estado via referendo kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk Só pq eu durante a campanha mandava trocentas mensagens por dia detonando a monarquia foi Golpe de Estado

Bombardeaste as pessoas com propaganda, pá!

Commonwealth escreveu:

Nova Salvador escreveu:

Commonwealth escreveu:Bertochi,

A forma como o dizes só me convence mais e mais que a implantação da república não passou de um golpe de estado...

Golpe de Estado via referendo kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk Só pq eu durante a campanha mandava trocentas mensagens por dia detonando a monarquia foi Golpe de Estado

Bombardeaste as pessoas com propaganda, pá!

Nem meti jingles... Se fosse minimamente bom em edição de vídeos teria metido mais propaganda ainda...