Sobreda por trás das cortinas...
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Sobreda por trás das cortinas...
Era segredo, mas era um segredo muito mal guardado. Todos os habitantes da ilha da Sobreda sabiam bem que o Partido Comunista da Sobreda e a Frente de Libertação da Sobreda andavam de mãos dadas. Era frequente ver homens procurados pela justiça em almoços do partido, bem como militantes do PCS a serem detidos em rusgas a instalações da FLS no interior das selvas sobrenses. Durante décadas se tinha vivido nesta espécie de teatro. Os comunistas não chateavam muito, a Frente tinha o monopólio no tráfico de produtos ilegais e as autoridades deixavam as coisas andar e viviam bem com os subornos.
No entanto, com a queda da monarquia tinha caído também a firmeza com que os rebeldes eram tratados, o orçamento militar tinha caído para níveis nunca vistos e o actual governo, liderado pelo Partido Socialista Unido, era visto como pacifista e fraco. Fervilhava nas mentes revolucionárias a tão aguardada guerra pela libertação definitiva do território da Sobreda, e as constantes imposições ao PCS vindas do continente faziam apenas com que a opinião pública juntasse a sua voz à voz dos comissários revoltados que davam discursos inflamados um pouco por todaa ilha.
O PCS não era um partido marginal, como sucede aos partidos comunistas um pouco por todo o mundo. Na Sobreda tinham tido 46% dos votos nas últimas eleições regionais e agora o Tribunal Constitucional ameaçava a sua exclusão das eleições dentro de 5 meses. Mário Cavaco Torres, o líder parlamentar do partido, andava há meses a tentar convencer Duarte Simões, o secretário-geral, a avançar definitivamente para a luta armada, mas este resistia. Cavaco Torres via esta recusa como um resquício dos velhos tempos monárquicos que teimava em não desaparecer, uma cobardia ideológica que tinha que ser ultrapassada.
No dia 25 de Novembro de 2012, Duarte Simões morreu durante o sono, e enquanto comunistas e revolucionários da Sobreda choravam a morte do seu líder histórico, Cavaco Torres estabelecia os contactos certos dentro do Comité Central, para garantir que seria ele o novo líder. Um novo capítulo estava a chegar para a Sobreda...
No entanto, com a queda da monarquia tinha caído também a firmeza com que os rebeldes eram tratados, o orçamento militar tinha caído para níveis nunca vistos e o actual governo, liderado pelo Partido Socialista Unido, era visto como pacifista e fraco. Fervilhava nas mentes revolucionárias a tão aguardada guerra pela libertação definitiva do território da Sobreda, e as constantes imposições ao PCS vindas do continente faziam apenas com que a opinião pública juntasse a sua voz à voz dos comissários revoltados que davam discursos inflamados um pouco por todaa ilha.
O PCS não era um partido marginal, como sucede aos partidos comunistas um pouco por todo o mundo. Na Sobreda tinham tido 46% dos votos nas últimas eleições regionais e agora o Tribunal Constitucional ameaçava a sua exclusão das eleições dentro de 5 meses. Mário Cavaco Torres, o líder parlamentar do partido, andava há meses a tentar convencer Duarte Simões, o secretário-geral, a avançar definitivamente para a luta armada, mas este resistia. Cavaco Torres via esta recusa como um resquício dos velhos tempos monárquicos que teimava em não desaparecer, uma cobardia ideológica que tinha que ser ultrapassada.
No dia 25 de Novembro de 2012, Duarte Simões morreu durante o sono, e enquanto comunistas e revolucionários da Sobreda choravam a morte do seu líder histórico, Cavaco Torres estabelecia os contactos certos dentro do Comité Central, para garantir que seria ele o novo líder. Um novo capítulo estava a chegar para a Sobreda...
Re: Sobreda por trás das cortinas...
Como esperado, Mário Torres venceu as eleições internas dentro do Partido Comunista da Sobreda, e logo na tomada de posse, perante largas dezenas de milhar de pessoas, anunciou que o partido não se sujeitaria ao que apelidou de "opressão constitucional do continente" e que não alteraria "uma vírgula" aos seus estatutos.
Estava lançada a crise para as próximas eleições. O PCS tinha maioria absoluta e a sua ausência do processo eleitoral criaria um vazio enorme de poder, e na prática um governo regional que não representaria sequer metade dos habitantes da Sobreda. Torres e o PCS faziam agora campanha por uma abstenção em massa nas eleições que se aproximavam...
Estava lançada a crise para as próximas eleições. O PCS tinha maioria absoluta e a sua ausência do processo eleitoral criaria um vazio enorme de poder, e na prática um governo regional que não representaria sequer metade dos habitantes da Sobreda. Torres e o PCS faziam agora campanha por uma abstenção em massa nas eleições que se aproximavam...
Re: Sobreda por trás das cortinas...
Numa acção extremamente arriscada e sem saber quais seriam as consequências a nível internacional, quer a reacção do governo de Almada, quer a reacção do czar, o núcleo duro do Partido Comunista Russo decide reunir abertamente na cidade da Sobreda, após garantir protecção da forte presença comunista na ilha almadense.
Pela primeira ver em muitos anos, os líderes do partido revolucionário que visava derrubar o czar falam abertamente, formando ainda o recém criado Comité Central, que terá a dura tarefa de planificar o partido e as suas operaçoes em solo russo. São eleitos os 11 membros esperados, sem grande surpresa:
Vladimir Ilyich Lenin, o grande líder ideológico do partido, o homem que empolga as massas, o teórico de Marx e impulsionador do novo socialismo russo, o chamado triestino.
Leon Trotsky, seguidor fiel de Lenin, grande teórico e líder do exército clandestino que cresce no submundo russo, pronto para o dia do que ele chama de grande batalha final contra o capitalismo czarista.
Joseph Vissarionovich Stalin, o homem que faz de tudo um pouco. Move-se nas sombras, recruta e promove comissários, conhece o aparelho partidário como ninguém e não olha a meios quando toca a focar os membros para a revolução.
Nikolai Ivanovich Bukharin, considerado o exemplo do ideal revolucionário. Um recrutador de novos membros de excelência, grande teórico do anti-capitalismo e membro fundador do partido a par de Lenin.
Mikhail Ivanovich Kalinin, o grande diplomata do partido, o homem que estabelece as ligações aos partidos estrangeiros, como foi o caso da Sobreda. Homem de confiança de Lenin.
Grigori Yakovlovich Sokolnikov, o homem da teoria e dos artigos inflamados contra o czar no jornal ilegal do partido. É conhecido como um mestre da propaganda.
Elena Dmitrievna Stasova, editora do Pravda, jornal revolucionário do partido. É uma defensora fervorosa do internacionalismo e da revolução mundial, que acredita começará na Rússia.
Grigory Yevseevich Zinoviev, conhecido como o estadista, o homem que organiza a estrutura funcional do partido nas zonas rurais, mestre em criar alianças com grupos agrários e operários.
Andrei Sergeyevich Bubnov, o líder agrário. Popular entre os agricultores do interior da Rússia, foi Ministro da Agricultura do Czar, demitindo-se em protesto contra as políticas governamentais e surgindo anos mais tarde como fervoroso comunista.
Lev Borisovich Kamenev, fundador do Pravda e teórico de confiança de Lenin. É uma figura conciliadora dentro do partido.
Nikolay Nikolayevich Krestinsky, responsável pela informação secreta do partido, é um homem de grande influência que age apenas na sombra dos outros membros do comité central.
Todos os membros do Comité Central almoçam com membros do partido emigrados na Sobreda, bem como membros do partido comunista local. Para a parte da tarde haverão discursos, sendo esperados milhares de russos exilados para ouvir Lenin.
Pela primeira ver em muitos anos, os líderes do partido revolucionário que visava derrubar o czar falam abertamente, formando ainda o recém criado Comité Central, que terá a dura tarefa de planificar o partido e as suas operaçoes em solo russo. São eleitos os 11 membros esperados, sem grande surpresa:
Vladimir Ilyich Lenin, o grande líder ideológico do partido, o homem que empolga as massas, o teórico de Marx e impulsionador do novo socialismo russo, o chamado triestino.
Leon Trotsky, seguidor fiel de Lenin, grande teórico e líder do exército clandestino que cresce no submundo russo, pronto para o dia do que ele chama de grande batalha final contra o capitalismo czarista.
Joseph Vissarionovich Stalin, o homem que faz de tudo um pouco. Move-se nas sombras, recruta e promove comissários, conhece o aparelho partidário como ninguém e não olha a meios quando toca a focar os membros para a revolução.
Nikolai Ivanovich Bukharin, considerado o exemplo do ideal revolucionário. Um recrutador de novos membros de excelência, grande teórico do anti-capitalismo e membro fundador do partido a par de Lenin.
Mikhail Ivanovich Kalinin, o grande diplomata do partido, o homem que estabelece as ligações aos partidos estrangeiros, como foi o caso da Sobreda. Homem de confiança de Lenin.
Grigori Yakovlovich Sokolnikov, o homem da teoria e dos artigos inflamados contra o czar no jornal ilegal do partido. É conhecido como um mestre da propaganda.
Elena Dmitrievna Stasova, editora do Pravda, jornal revolucionário do partido. É uma defensora fervorosa do internacionalismo e da revolução mundial, que acredita começará na Rússia.
Grigory Yevseevich Zinoviev, conhecido como o estadista, o homem que organiza a estrutura funcional do partido nas zonas rurais, mestre em criar alianças com grupos agrários e operários.
Andrei Sergeyevich Bubnov, o líder agrário. Popular entre os agricultores do interior da Rússia, foi Ministro da Agricultura do Czar, demitindo-se em protesto contra as políticas governamentais e surgindo anos mais tarde como fervoroso comunista.
Lev Borisovich Kamenev, fundador do Pravda e teórico de confiança de Lenin. É uma figura conciliadora dentro do partido.
Nikolay Nikolayevich Krestinsky, responsável pela informação secreta do partido, é um homem de grande influência que age apenas na sombra dos outros membros do comité central.
Todos os membros do Comité Central almoçam com membros do partido emigrados na Sobreda, bem como membros do partido comunista local. Para a parte da tarde haverão discursos, sendo esperados milhares de russos exilados para ouvir Lenin.
Triestin- Mensagens : 117
Re: Sobreda por trás das cortinas...
Esta reunião dos comunistas russos apanha as autoridades da Sobreda e o governo almadense completamente de surpresa. Se por um lado isto podia causar alguns problemas diplomáticos com os russos, por outro estes homens eram apenas cidadãos russos a realizar um evento com a ajuda de um partido local. Não existia por isso nenhuma ilegalidade neste evento, mas todos no goveno evitam comentar o que se passa na ilha.
Já o Partido Comunista da Sobreda aproveita para estreitar relações com os russos, e todo o evento é espectacularmente exaltado de forma a galvanizar os comunistas locais, que por si só já andam extremamente activos devido às eleições que se aproximam e com a iminente ilegalização do partido.
A oposição em Nova Almada acusa o primeiro-ministro de não ter mão na Sobreda e de perder aos poucos o controlo sobre o território insular.
Já o Partido Comunista da Sobreda aproveita para estreitar relações com os russos, e todo o evento é espectacularmente exaltado de forma a galvanizar os comunistas locais, que por si só já andam extremamente activos devido às eleições que se aproximam e com a iminente ilegalização do partido.
A oposição em Nova Almada acusa o primeiro-ministro de não ter mão na Sobreda e de perder aos poucos o controlo sobre o território insular.
Re: Sobreda por trás das cortinas...
O czar está furioso e solicita às autoridades almadenses que detenham e extraditem de imediato todos os criminosos comunistas, acusados de diversos homicidios em território russo, bem como traição contra o Império e diversos outros crimes, desde assaltos a falsificação de documentos.
Também todas as embaixadas do mundo recebem uma missiva imperial pedindo que pressionem Almada a entregar os criminosos russos para julgamento.
Também todas as embaixadas do mundo recebem uma missiva imperial pedindo que pressionem Almada a entregar os criminosos russos para julgamento.
Triestin- Mensagens : 117
Re: Sobreda por trás das cortinas...
O governo almadense recusa deter quaisquer cidadãos russos na Sobreda.
Re: Sobreda por trás das cortinas...
Lenin discursa na Sobreda sabendo da situação que se vive em Sankt-Peterburg. O discurso sairia no Pravda do dia seguinte e podia ser o mote para o inicio da revolução.
- Camaradas russos e sobrenses, o dia da libertação do povo russo caminha para nós em passos largos! Morreram esta semana todos os sonhos inocentes daqueles que julgavam que a democracia tem alguma força ou solidariedade para com os povos, o nosso apelo internacional foi ignorado por todas as democracias mundiais, sem nenhuma excepção! Isto prova definitivamente que se o povo russo quer ser livre e comandar o seu destino terá que o fazer sozinho, de arma em punho e com a consciência moral de que deixará uma marca na história que nunca será esquecida pelos seus filhos! Nas ruas de Sankt-Peterburg e Moskva já se sentem os últimos dias da ditadura czarista, o povo já não tolera a fome e o desemprego enquanto a classe nobre vive nos seus opulentos palácios e se ri da miséria do povo russo, as mães russas já não querem ficar a assistir aos seus filhos ficarem sem comida e sem escola, os pais russos já estão cansados de trabalhar como escravos para levar para casa um mísero salário que não chega para a mais básica dignidade, os jovens russos já não querem olhar para o futuro sem perspectivas e sem fazerem parte da vida política! São todas estas pessoas, somos todos nós, camaradas, proletários, que devemos dar o grito de revolta e reclamar a pátria russa que nos pertence! Hoje é o primeiro dia de Triestin (ooc: triestin = socialismo russo), um dia que ficará para a história do mundo! Avante camaradas, a história espera por nós!
Todos os membros do Comité Central se levantam e apludem, bem como os milhares de russos que assistiam ao discurso. Uma cópia do mesmo é enviada de imediato para Moskva e dentro de horas todos os revolucionários espalhados por toda a Rússia teriam o sinal para avançar.
Triestin- Mensagens : 117
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